terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Consciência Ecológica





06 de Fevereiro de 2009



Os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza, tornou o Consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções.


O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos.


Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas. Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico.
As sacolas plásticas são modernas, práticas e servem como propaganda barata para todos os estabelecimentos que a oferecem. Entretanto, apesar de tantas utilidades, em meio século, o saco plástico passou de invenção contemporânea à vilã do meio ambiente. O acúmulo de lixo e comida embalada causam poluição visual e são vistos como ameaça entre os animais, principalmente na vida marítima. Em nosso município, R$ 4, substituem os inúmeros saquinhos trazidos nas idas à padaria, pela permanente Sacola Ecológica.
A presidente do Núcleo de Panificadores de Brusque, Renate Wegner Tromm conta com sete padarias na distribuição das sacola ecológicas. O projeto é desenvolvido em parceria com a APAE, que obtém uma porcentagem sobre venda do produto, e o Senac. O tecido, utilizado na fabricação das sacolas ecológicas é proveniente do algodão cru, inofensivo ao meio ambiente. "Não temos fins lucrativos, o objetivo deste trabalho é somente a preocupação ecológica", explica Renate.
A idéia das sacolas ecológicas surgiu em setembro de 2004, com o Sindicato dos Panificadores de Joinville. A iniciativa rendeu à associação, um prêmio da Fundação Getúlio Vargas. Em Brusque, o produto é encontrado em padarias do Núcleo, desde o começo do no passado.
O proprietário de padaria, Fernando Zen contabilizou 200 sacolas já vendidas, mas não costuma ver os compradores fazer uso, com freqüência. "As pessoas até evitam levar sacolas plásticas, mas ainda não se conscientizaram em trazer uma bolsa de casa". Para Renate, o grande problema de quem compra a sacola e não utiliza é o esquecimento. "As pessoas se sentem satisfeitas usando a bolsa, mas às vezes, esquecem em casa ou até, no carro".
Ainda não existe um substituto do plástico, para acondicionar alimentos úmidos. Nessa situação, Renate aconselha a utilização de sacolas feitas de vime, palha ou ráfia (sacos de trigo). A presidente do Núcleo ainda não dispõe de uma solução para armazenar ecologicamente grandes quantias de alimentos, como na compra do mês, por exemplo. Para tanto, a alternativa é economizar no número de plásticos. "Pode-se colocar todos os produtos, de uma mesma espécie, em uma única sacola. Ou, se possível, colocar uma caixa dentro do seu carro. Vai evitar as sacolas plásticas".
A Fundação Municipal do Meio Ambiente – FUNDEMA - de Brusque não dispõe de nenhum projeto pata incentivar estabelecimentos a evitar as sacolas plásticas. "A Fundema ainda está realizando vistorias, por causa das enchentes de novembro passado, passando está fase vamos pensar em novo planos", declara a diretora-presidente da Fundação, Eudez Pavesi.A plasticomania vem tomando conta do planeta - Desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados, pelo derrame indiscriminado de plásticos, na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções. Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.
Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O preço é salgado: o equivalente a sessenta centavos a unidade.
Conheça melhor
o problemaAs sacolas de plástico demoram entre 100 e 400 anos para sumirem no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente, o que equivale a 66 sacolas por brasileiro ao mês.
O plástico é considerado um material de fabricação de produtos de alta resistência, altíssima durabilidade e de baixo custo. A preferência pelo material, também, é dada à praticidade de conservação do produto, que por muitas vezes, pode ser descartável.
Cerca de 70% dos sacos plásticos, latas, garrafas e pneus são depositados no fundo do mar. O restante navega pela superfície ou fica preso nos oceânicos. Esses detritos são devastadores para a vida marinha. Golfinhos, focas e tartarugas ficam presos em redes de pesca e morrem sufocados. Peixes e pássaros terminam engolindo pedaços de sacolas plásticas e morrem. Estima-se que o lixo acumulado nos mares seja o responsável direto pela morte de 1 milhão de aves e mamíferos marinhos por ano.
Outro problema grave é o uso de sacolas plásticas para o acondicionamento de lixo, que muitas pessoas ainda teimam em jogar em terrenos baldios ou margens de rios. Com as chuvas, o destino dessas sacolas acaba sendo os bueiros, entupindo os mesmos e provocando alagamentos, como os que os brusquenses estão acostumados a enfrentar a cada chuva um pouco mais intensa.
Ajude a Preservar
Pensando em combater o problema, o Instituto Akatu, entidade que promove o consumo consciente, destaca uma maneira simples de comprar, sem transpor a sustentabilidade das sociedades e do meio ambiente: basta seguir a lógica dos quatro Rs.



1 - Repense: "eu preciso mesmo deste produto?";
2 - Reduza: adquira somente o que for necessário;
3 - Reutilize: doe e transforme o bem material, a fim de evitar o descarte;
4 - Recicle: quando não der mais para reutilizar o produto.




POST enviado pela aluna: Inajara Lima





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