terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Santa Catarina - Tragédia que se repete

Não é a primeira vez que o Vale do Itajaí sofre inundações de grandes proporções. O Vale já passou por duas enchentes históricas, em 1983 e 1984, causando a morte de 43 pessoas, deixando clara a vulnerabilidade da região, fato que deve ser o foco da atenção de autoridades e pesquisadores.
A região tem relevo altamente acidentado, formado por montanhas e encostas íngremes, principalmente ao sul de Blumenau, uma das cidades mais atingidas pela enchente.
As montanhas da região têm grande quantidade de terra sobre rocha e a espessura do solo é muito grande, suscetível a desmoronamento.




Nos últimos meses, o enorme volume de chuvas que caiu sobre o Vale do Itajaí. No fim de semana da tragédia, choveu cerca de 1/3 do volume de água esperado para o ano todo (conforme site de climatempo) e encharcou o solo, que, sem capacidade de absorver mais água, desceu montanha abaixo, levando casas e matando pessoas.
A enchente na região é reflexo tanto de elementos da natureza, quanto de elementos humanos, e podem ser resumido em cinco principais causas:

A quantidade de chuva na região

O local de concentração da chuva

Tipo de rocha do Vale do Iatajaí

A forma como vem sendo feita a ocupação desordenada do local

O desmatamento da vegetação local


Em quatro dias choveu 500 milímetros (mm), esse índice pluviométrico tem o significado de 500 litros de água para cada metro quadrado da região, isto é mais do que o dobro da enchente de 1984, causada por uma chuva de 200 milímetros. Devemos considerar também que a média anula da região é de 1500 milímetros, foi 1/3 da chuva de todo o ano, caindo em quatro dias. Essa quantidade de chuva seria uma tragédia em qualquer região habitada, desse país. Por essas e outras razões precisamos começar a observar porque essas coisas estão acontecendo em nosso planeta.





A presença humana e a transformação do espaço



Cortes nos morros: se a declividade acentuada já não bastasse, as construções a tornam ainda mais vulneráveis por causa dos cortes feito nas montanhas para a cosntrução de casas. Os assentamentos usam a terraplanagem para deixar o terreno liso adequado a construção de moradias. Esse retalhamento aumenta a instabilidade do solo. Tanto morar em cima quanto em baixo torna-se arriscado.

Na tragédia deste ano, desabaram casas de ricos e pobres, algumas construções com mais de 50 anos de existência. Observações aéreas feita pelos professores das Universidades, pode-se constatar o problema da ocupação desenfreada e do desmatamento. Um fato que mostrou uma combinação de fatores como a força da água e a vulnerabilidade do solo, é que, houve desabamentos inclusive em áreas com mata nativa. Mas a proporção de avalanches foi incomparavelmente maior onde havia loteamentos e desmatamento.




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